O sexto dia...

No sexto dia de missão foi-nos dado um bónus: mais uma hora de descanso. Fantástico! O dia começou com a oração da manhã e seguiram-se os trabalhos de preparação para as actividades agendadas.
Depois de mais um almoço delicioso preparado pelos nossos anfitriões, a tarde surgiu novamente com a experiencia do “porta a porta”, como no dia anterior. Desta vez foi em Vila Nova, Ribeira da Pipa, Comenda, Perna Atrás (paróquia de Casével) e também na paróquia de Vaqueiros. Devido à dispersão dos lugares, o grupo separou-se em dois: uns foram para a paróquia de Casével e outros para a paróquia de Vaqueiros.
O grupo de Casével, ao contrário do que tinha acontecido ontem, revelou-se um pouco mais triste pois as dificuldades de aproximação às pessoas foram bem maiores. Tivemos a prova que nem todas as pessoas estão receptivas ao anúncio da Boa Nova, tendo sido alguns dos nossos elementos tratados de forma menos digna. Mas como Jesus nos diz através de São Mateus (5, 3) «Felizes de vós, se fordes insultados e perseguidos, e se disserem toda a espécie de calúnia contra vós por causa de Mim.» Assim, percebemos que as dificuldades que surgem no caminho do anúncio de Cristo aos homens podem ser um desafio de crescimento pessoal, bem como no crescimento em Igreja. Esta experiência leva-nos também a constatar que a realidade nem sempre é como desejamos, exigindo que aperfeiçoemos diariamente o sentido de sermos cristãos.
O grupo que foi para Vaqueiros, após o "porta a porta", animou a Eucaristia local seguida de procissão em honra do Divino Espírito Santo, à qual se juntou o grupo que esteve em missão na paróquia de Casével.
Após o jantar dirigimo-nos à igreja de Casével onde realizámos uma Vigília de Oração. Nesta vigília compareceram paroquianos e pessoas de outros pontos da diocese. Antes da celebração foi feito um acolhimento com cânticos à entrada da igreja para os participantes. A vigília começou com a entrega de uma pedra a todos os participantes, a qual representava os corações endurecidos devido às obras das trevas (impureza, idolatria, mentira, ganância e escravidão). Na homília foi realçado o facto de estas obras surgirem quando nos esquecemos daquilo a que somos chamados e quando as nossas aspirações não se voltam para o alto. Consequentemente deixamos de praticar as obras da luz (misericórdia, bondade, mansidão, paciência e humildade). Tanto as obras das trevas com as da luz foram apresentadas através de cartazes, tendo as últimas sido dispostas em forma de cruz e cada pessoa da assembleia foi convidada a colocar uma vela acesa à volta da mesma.
No final reunimo-nos para o balanço do dia e ficou a ideia de que apesar da semana de missão estar a chegar ao fim, ainda temos um longo caminho de aprendizagem pela frente.
Há que referir ainda que esta crónica foi escrita ao som das belas vozes de alguns dos jovens que preparavam os cânticos das missas do próximo dia...
Resto de boa noite e até amanhã!

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